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Arquivo da categoria: inquisition

Família carneiro – Video – Os judeus do Brasil

Esse Vídeo foi feito por Rosa Carneiro fala um pouco sobre a história da Família, é um vídeo Laico e não religioso e por isso estamos postando-o aqui. Gostaríamos que Rosa entrasse em contato conosco para permitir que o vídeo continue sendo divulgado aqui no site.

Espero que gostem, pois para nós é um vídeo de bela iniciativa, que embora não seja um vídeo religioso, mantém algum conceito teológico, mas gostaria de informar que jornalisticamente falando é um excelente material.
Espero que tenhamos mais materiais como este com depoimentos, fotos e etc. Espero que ajude a todos.

 

Piratas do caribe? – Judeu sefardita – Sephardic Jew – יהודי ספרדי

Você já ouviu contos de pirata? Com certeza. Mas já ouviu histórias sobre um pirata judeu sefardita? Pois é. Para conhecer mais sobre a cultura judaica e em especial aqui citamos a fascinante história do pirata judeu sefardita.

Jean Lafitte – Judeu sefardita - Sephardic Jew - יהודי ספרדי

Jean Lafitte – Judeu sefardita - Sephardic Jew - יהודי ספרדי

Yet tales of Jewish piracy, which stretch back thousands of years, aren’t in the public’s consciousness, and Hollywood even has been known to remove a pirate’s Jewish background. No entanto, contos de pirataria judaica, que remontam a milhares de anos, não são facilmente encontradas no conhecimento do público e até mesmo Hollywood tem sido removidas as origens judias de um pirata. As a result, we’re stuck with portrayals of pirates as wayward English seamen on a murderous rampage. Como resultado, nós estamos presos com retratos dos piratas como indócil marinheiros Ingleses numa fúria assassina.
But now a forthcoming book hopes to change that image by focusing on Ladino-speaking Jews whose piracy grew out of the Inquisition. “The Jewish pirates were Sephardic. Once they were kicked out of Spain [in 1492], the more adventurous Jews went to the New World,” said Ed Kritzler, whose yet-untitled book on Jewish pirates will be published by Doubleday in spring 2007.Um livro pode mudar por completo essa imagem, focado na fala de um judeu Ladino cuja pirataria cresceu fora da Inquisição. “Os piratas judeus do caribe. Uma vez que eles foram expulsos de Espanha [em 1492], os aventureiros judeus foram para Novo Mundo “, disse Ed Kritzler, que descreve em seu livro sobre piratas judeus publicado em 2008 pela Doubleday.

A historia da “pirataria” e navegação dos judeus é muito mais antiga do que se imagina. Muitos judeus participaram de viajes marítimas em Grandes Cruzadas. Na época do Segundo Templo (1 Séc EC) o historiador Flávio Josefo faz registros históricos de Hircano Aristóbulo acusado de “atos de pirataria marítima”

Esses não são piratas como acredita-se convencionalmente. Boa parte destes não aceitaram a imposição e lutavam contra regras opressivas e lutavam por liberdade. É algo que hoje é vastamente apregoado e comentado, porém em suas épocas isso era absolutamente contra o modo comum de comportamento comum, pois subjugo era aplicado em amplitude na sociedade. É difícil precisar a quantidade exata ou até parcial de quantos judeus eram piratas, até porque muitos viviam o cripto judaísmo (os chamados bnei Anussim), devido o grande numero de conversões forçadas ou impostas pela Inquisição em toda a extensão da península ibérica.

Alguns estudiosos dizem que por motivo de vingança ou para angariar recursos para fortalecer a comunidade Sefaradita, alguns judeus como Samuel Pallache assumiram a pirataria para justificar seus propósitos. Samuel Pallache afirmava que a pirataria seria para dar uma vida melhor para os judeus expulsos da Espanha no período da inquisição.

Imagem de Samuel Pallache:

Samuel Pallache – Judeu sefardita  - Sephardic Jew - יהודי ספרדי

Samuel Pallache – Judeu sefardita - Sephardic Jew - יהודי ספרדי

Um dos piratas chamado Moisés Cohen Henriques, ajudou a planejar um dos maiores roubos da história contra a Espanha. In 1628, Henriques set sail with Dutch West India Co. Admiral Piet Hein, whose own hatred of Spain was fueled by four years spent as a galley slave aboard a Spanish ship. Em 1628, Henriques partiu com o holandês West India Co. Almirante Piet Hein, cujo ódio à Espanha foi alimentado por quatro anos como escravo da cozinha a bordo de um navio espanhol. Henriques and Hein boarded Spanish ships off Cuba and seized shipments of New World gold and silver worth in today’s dollars about the same as Disney’s total box office for “Dead Man’s Chest.” Henriques e Hein embarcaram navios espanhóis de Cuba e apreenderam carregamentos de ouro Novo Mundo e prata no mesmo valor em dólares de hoje total que a Disney recebeu pelo filme “Piratas do Caribe”. Henrriques montou sua própria ilha de piratas ao largo da costa brasileira posteriormente, e apesar de seu papel na invasão, foi divulgado durante a inquisição espanhola, que foi capturado.

 

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Nessim Gaon – نسيم جاعون – יהודם ספרדים – Judeus sefaraditas

Nessim Gaon ( árabe : نسيم جاعون, pronunciado) (nascido em 1922, em Cartum , Sudão ) é um suíço financista que criou a empresa Noga. Fora do mundo dos negócios, ele tem sido muito importante em assuntos judaicos, na qualidade de presidente da World Sephardi Federation (Federação Sefardíta Mundial) desde 1971. Ele também foi vice-presidente do Congresso Judaico Mundial e presidente do conselho de governadores da Universidade Ben-Gurion do Negeb , em Israel .

Nascido no Sudão, e de família de judeus turcos do Egito.

Além de todas as mensagens Gaon realizou no mundo de organizações judaicas, ele é também fundador, construtor e membro do Hekhal Haness Sinagoga de Genebra.

 

Orgulho de ser nordestino – Judeus

Hoje os moderadores do grupo que organizam as matérias e fomentam o grupo estiveram comentando como esse grupo tem ajudado famílias na reestruturação desse galho da arvore genealógica que algum tempo estava perdido. Foi comentado que por falta de conhecimento ou perda de identidade muitos tinham vergonha do sobrenome ou de uma tradição ou até mesmo de características físicas, mas que hoje depois da aceitação e do resgate das suas origens pode-se entender melhor de onde viemos e para onde vamos. Por muito tempo alguns da região sudeste ficavam com vergonha e escondiam as origens nordestinas.

Hoje é motivo de orgulho, padrão e modelo para o mundo. Muitos até então buscavam as origens judaicas em Portugal ou Espanha, mas depois de descobrir que de fato houve uma “limpeza étnica” e que os sephardic foram isolados no nordeste do Brasil, a identidade renasce e o orgulho de ser quem é remonta um espírito nacionalista e não busca mais pelo estrangeirismo. Não buscamos mais o reconhecimento de quem somos e perdemos o medo de se esconder. Uns poucos resistentes abrem os olhos daqueles que só ficam sabendo do resgate pelos meios de comunicação. Somos o que somos. Não somos portugueses, seus antepassados torturaram nossas famílias. O Brasil é nosso exílio.

Exílio esse que se tornou nosso lar e aos poucos tomam a primazia étnica como se eles fossem nossas origens. Nossa origem é Avraham (Abraão) e Guardamos nossas tradições, criamos outras e vamos continuar a espera da grande reunião, quando estaremos reunidos em Israel por Mashiach. Mesmo que alguns não retornem ao judaísmo, ainda sim seremos uma família judaica. Podem tentar escapar culturalmente ou religiosamente, mas no fim sabem quem são e retornaram em breve.

Recebemos noticias no blog que alguns já fazem reuniões e já voltaram a pratica do casamento entre os de mesma raiz familiar abandonando o medo tradicional que alguns tinham recebido por imposição da inquisição.

A Israel moderna, passa por problemas de disputa de terras, nós por opressão étnica e disputa pelas origens. Não importa se são Filisteus, palestinos, portugueses, turcos ou persas, a questão não é étnica. A questão é que os nomes mudam, mas os desafios permanecem os mesmos.  A inquisição portuguesa feriu de maneira muito forte os sefaradi a ponto de perdermos a noção de onde é a nossa origem e a ponto de não sabermos onde fica a ponta da corda para o retorno. Mas a resposta é simples. Simplesmente inicie pelo inicio e em casa. Depois o restante acontece.

Judeus de origem nordestina, do sudeste, do centro-oeste ou do sul. Não importa. Não há diferença se nossos nomes são em português, alemão, polonês ou em árabe. Não importa se nosso nariz é fino ou alongado, redondo ou pontudo. Não importa se fosse parece um Sefaradí ou um Azkenazi, você faz parte disso, você está junto conosco e não pode abandonar a causa pela ciência das origens do nosso povo e para onde vamos. Nosso coração é israelita.

 

holocausto, massacre no Suriname e inquisição.

A comunicação a seguir é algo que vem acontecendo freqüentemente. Não vamos discutir aqui se as idéias a seguir são corretas ou incorretas, coerentes ou incoerentes, a questão não é discutir opiniões, mas discorrer e dar subsídios a fatos que estão ocorrendo em nossa comunidade e ocorrendo cada vez com mais freqüência. Por termos recebido esse e-mail de modo tardio, creio que não gere muitas discussões por agora e nem é esse o foco. O foco, é claro é falar sobre tolerância que é um dos pontos principais das “lei de moshé”, bem mais que isso, é o Legado que o Eterno deixou para um povo de sua propriedade exclusiva.

Shemot (Êxodo) 22 O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás ; pois estrangeiros fostes na terra do Egito(terra dos limites).

Vayikrah (Levíticos) 24 – Uma mesma lei tereis [no sendito de palavra para legislação e igualdade]; assim será para o estrangeiro como para o natural; pois eu sou o HaShem Elohim [no sentido de ser poderoso].


Deopis desta introdução seguem tanto o e-mail que recebemos, quanto o que feio no corpo de e-mail. Essa postagem serve apenas para ressaltar que ainda existem pessoas que fazem diferença entre pessoa e pessoa, nossa intenção é esclarecer e derrubar algumas barreiras negativas para mostrar que há positividade no respeito e no amor ao próximo. Ouvimos muito falar que o Brasil é um país sem preconceitos e isso não é uma verdade absoluta. Temos em grupos familiares sofrido de preconceito e discriminação, principalmente pelas classes que no passado mais sofrerem com o racismo. Será que esses grupos de defesa étnica e cultural não aprenderam nada com as diferenças? Precisamos abrir os olhos e ver que o Brasil está cheio de índios sem raiz, deslocados de sua raiz indígena. Existem persas não sabendo qual é a sua raiz, existem negros que desconhecem suas raízes, existem árabes que se perderam de sua raiz, e brancos que simplesmente ignoram sua identidade. Um povo precisa se conhecer para poder evoluir e é isso que estamos tentando fazer, nos conhecer.

O melhor a fazer nesses casos é ler as opiniões sobre o assunto e refletir. Faça você também o mesmo.

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Relato de “X” sobre o holocausto – e-mail recebido em 2010.

Existem muitos outros “pequenos holocaustos” acontecendo como no caso do Suriname que vários Brasileiros (nordestinos) foram mortos por Etnias locais por supremacia de idéias racistas e disputas pessoais. E muitas pessoas morreram e outras feridas por causa de uma briga e um grupo se acreditava superior ao outro, ao ponto de não querer “ficar por baixo”.

Estou encaminhando o e-mail por que acredito que seja uma boa reflexão.

De: “Y”
Enviada em: quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 00:29
Para: “X”
Assunto: der ewige jude

Ontem um amigo meu me enviou um e-mail indignado por que disse que eu não estava apoiando o protesto da data do dia 27/01 lembrando o holocausto em Auschwitz dos Judeus Azkenazim (Alemães). Segundo ele os Judeus Sefaradim orientais (ladinos, Turcos, americanos e ibéricos) deveriam apoiar os Azkenazim (Alemães). Bem, comentei com ele que a história era diferente e que cada um tem seu cunho histórico cultural e os Azkenazim nem sempre se dão tão bem com os Sefaradim e que o Holocausto nazista foi terrível, mas ninguém lembra do nosso holocausto sofrido na Santa inquisição que foi tão grande quanto e talvez tão cruel quanto. Mesmo assim concordei com ele e de fato independente da cultura, Etnia, credo ou raça devemos lembrar das atrocidades com tristeza para que elas não se repitam. Talvez se as pessoas lembrassem da “Santa Inquisição” com o horror que lhe é devido, talvez o holocausto não tivesse ocorrido. Por isso dou meu apoio para qualquer etnia que queira lembrar sua história.

Velho judeu sefarad

Velho judeu sefarád

Não vou enviar imagens de pessoas mortas ou torturadas, pois isso é horrível, já basta o horror que é lembrar que foram feitas coisas terríveis com pessoas. Mesmo assim creio que imagens marcam a história e nos fazem lembrar melhor algo que nos foi contato. Escolhi somente as ilustrações publicadas nos jornais Nazistas para mostrar a raiva e o ódio contra os SEMITAS, pois cria-se que a divindade cristã deveria ser ariana e não semita e os Nazistas mataram os que não eram miscigenados com os Alemães na Europa e foi assim que hoje não se vê mais judeus europeus com características SEMITICAS (de maneira geral as características árabes).

Ilustração preconceituosa de um judeu idealisando os conceitos racistas do nazismo

Ilustração preconceituosa de um judeu idealisando os conceitos racistas do nazismo

Segue então as ilustrações das chacotas dos Nazistas. Pode deixar que não vou mandar imagens de mortos e com sangue.

Que haja sempre respeito e seriedade quanto a crenças, religiões, etnias e solidariedade. A indignação de meu amigo me despertou que coisas assim podem estar perto de acontecer se não protestarmos contra. Precisamos ser solidários a dor de outros. Deixei meu egoísmo e optei pela solidariedade. Façamos o mesmo.

judeu

judeu

judeus x nazismo

judeus x nazismo

o motivo deu estar maandando esse e-mail é que devemos pensar, será que estamos no Brasil iniciando uma barreira cultural e dando os primeiros passos para um nazismo religioso, cultural e etc. Muitos falam sobre portugal e Africa ao falar sobre cultira brasileira, mas pouco se fala sobre os Árabes, Indios, Persas, Holandeses, Franceses, Judeus Azkenazim ou sefará, desmerecemos os nordestinos e mudamos as origens de sua cultura. Precisamos abrir espaço e dizer aos nossos filhos você veio do papai e da mamãe, papai é persa, fomos um grande povo no passado, ou mamãe é de familia indigena e cuidamos dessa terra antes da chegada dos colonos de portugal. Precisamos entender de onde vieram os Brasileiros.

 

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Bnei Anussim – Judeus sefaraditas

Antes de tratar o assunto quero deixar claro que o texto base para essas afirmações é do Wikipedia. Apesar de ser um site livre e o texto possa vir de várias fontes, quero deixar claro que pesquisamos e editamos o texto primordial. Preferi não alterar o texto no site original, por que não achei pertinente. Alguns detalhes foram alterados justamente por falta de fontes, mas como fiz alguns telefonemas e li algumas coisas aproveitando o feriado, decidi postar algo novo, o que não fazemos a bastante tempo. Pedi permissão de um site do Flickr para postar algumas fotos tradicionais de judeus sefaraditas (o site que geralmente usamos para postar fotos aqui), as fotos foram liberadas e como sempre citaremos a fonte no final do que for cidato. Ok?

Fontes para as Fotos:

http://www.flickr.com/photos/10227535@N08/

Judeus Sefaraditas ou Judeus Sefarditas - Sarará

Judeus Sefaraditas ou Judeus Sefarditas

Bnei Anussim:

Bnei anussim, filhos dos forçados ou “ben anús” (filho forçado) ou ainda judeus marranos. Sãos os descendentes de judeus oriundos de Portugal, Espanha, Turquia E península ibérica em geral. Estes foram obrigados a se converterem ao cristianismo pela imposição da “Santa Inquisição”, que oficialmente durou cinco séculos. No Brasil, os B’nei Anusim são encontrados principalmente em regiões de antiga colonização como na região Nordeste e na região Sudeste do Brasil.

Judeus sefaraditas - Judeus sefarditas - sararás!

Judeus sefaraditas – Judeus sefarditas – sararás!


História

Como boa parte dos perseguidos pela inquisição eram judeus, e uma parte um pouco menor dos perseguidos pelos inquisidores era de outros grupos, há muitos vestígios históricos a se vasculhar. Infelizmente essa é uma parte da história que pouco se fala, apesar da contribuição étnica e cultural que ainda sim é tratada com desprezo. As dores e torturas perduraram muitos séculos. Devido o medo, a história ficou por muitos séculos esquecida, adormecida ou encoberta com o sangue dos judeus que tinham esperança em voltar ao judaísmo ou serem resgatados por seus irmãos. Isso por que uma pequena parte dos judeus de sefarad saíram do Brasil e ajudaram a construir A Nova Amsterdã, conhecida hoje como Estados Unidos da América (USA – EUA).

RABI YOSSEF HAYIM - O ilustre legislador sefardi, Ben Ish Chai

RABI YOSSEF HAYIM – O ilustre legislador sefardi, Ben Ish Chai

RABI YOSSEF HAYIM - O ilustre legislador sefardi, Ben Ish Chai

RABI YOSSEF HAYIM – O ilustre legislador sefardi, Ben Ish Chai

Na atualidade a história ficou popularizada pela internet com o vídeo “Zog Marano”, cantada em Idsh, língua tradicional dos judeus Arianos europeus. Devido às muitas histórias entre os nordestinos e mineiros sobre seus “parentes judeus” (que em grande parte acredita que é “história de roceiro”, tendo muitas lendas em torno disto) Pela curiosidade sobre o fundo de verdade histórica, muitos jovens têm procurado resgatar essa história perdida.

Hoje explica-se o fato de os judeus sefaradí serem minoria, mesmo estando em grande numero na península ibérica desde a época do rei Salomão, as grandes perseguições na Idade média. Os judeus sefaraditas na estavam em Israel no Século I e.c. Já os Azkenazim foram expulsos de Israel depois da destruição do segundo templo e foram para as regiões Européias próximas a Azkhenáz.

Menina judia sarará

Menina judia sarará

Características

Bnei anussim é o grupo de cripto-judeus ou somente de judeus descendentes dos Sefarditas (grupo de judeus com características semitas (Bnei Shem, como os árabes). Em geral, os sefaradí tem cabelo crespo, pele morena e nariz adunco, distinguindo-se dos Falasha e Lambas (Judeus Etíopes – reza a lenda que possivelmente sejam filhos de shlomo há Meleach com a rainha de Shabáh) e dos Asquenazes (judeus com características arianas, descendentes de alemães). Judeus não são proselitistas e a explicação dessas variações na “raça” é a união familiar cruzadas no decorrer da história judaica. Na China existem judeus com características chinesas e no Marrocos conservam o estereótipo árabe(semita). Em maioria os judeus Sefaraí carregam por característica cabelo crespo e nariz protuberante, sendo que no Brasil a maioria (com conhecimento judaico) parece muito com os europeus, pois são descendentes dos judeus Azkhenazi, refugiados no Brasil no período pós segunda guerra mundial.

Menina judia sarará

Segundo lendas dessas mesmas famílias sefaraditas e como mostra o documentário “A Estrela oculta do sertão”, que apesar de não conhecerem ou praticar integralmente a tradição e a religião judaica, ainda guardam o conhecimento geracional de sua identidade judaica, geralmente no nordeste. Segundo essas mesmas famílias, a tradição diz que a palavra sarará vem de sefarad(Espanha), embora a pronuncia seja parecida e haja ainda uma discordância entre o que tradicionalmente se lê em livros da literatura nacional, fica em aberto uma das supostas marcas da etnia inicial dos sarará (sefarad)como relatado por Colerus, que conheceu em Rhynsburg a Bento Spinoza um proeminente erudito e judeu sefaradita. Falando sobre Bento Spinoza, um dos mais destacados judeus Sefaraditas declara, “era de mediana estatura, feições regulares, pele morena, cabelos pretos e crespos, sobrancelhas negras e bastas, denunciando claramente a descendência de judeus Sefaradim ou Sefaraditas (Originalmente naturais da Espanha).”

Mesmo não tendo uma prova concisa, temos uma possível correlação adjetiva que divide-se no significado Etmológico da palavra, pois popularmente no nordeste e em outras regiões o termo sarará (entre os marranos) é aplicado para pessoas de pele clara e cabelo crespo ou morenos de cabelo crespo claro ou escuro.

Isaac Aboab Fonseca - Primeiro Rabino Sefardita para os Sefaradí Maranos

Isaac Aboab Fonseca – Primeiro Rabino Sefardita para os Sefaradí Maranos

Possivelmente a aplicação desse termo existia e foi evoluindo e se modificando dependendo da influência e da percepção sócio-cultural de cada região. Durante o passar dos anos o Marrano (Ben Anús sefaradita) foi perdendo sua identidade por não conhecer detalhes históricos que foram esquecidos e ocultados. Os pocessados pela “Santa Inquisição” tiveram seus bens espoliados e seu contato com cultura e educação (tanto laica quanto religiosa) foi restrito, boa parte deles passaram a viver nos agrestes, sertões e cidades pequenas.

Segundo antropólogos, outra teoria interessante sobre a feijoada, partindo do principio que em outros países onde a inquisição era fortemente aplicada, pratos preparados de forma muito peculiar e com mesmas características que a feijoada eram a mais eficaz forma de teste de anti-judaísmo para reconhecer quais eram os praticantes da religião. Pratos a base de carne de porco misturado eram preparados para a confirmação do teste. Não somente a feijoada, mas pratos típicos de minas gerais e do nordeste Brasileiro são preparados de igual forma o que atesta a teoria de que não é somente esse prato guarda essas características. Apesar de não ser uma posição oficial histórica, é um forte indicio pára o reconhecimento de detalhes particulares a cultura, tradição e indicio da religião, que embora não apareça tão latente, ainda guarda marcas e cicatrizes fortes na cultura.

Judeu do norte da Africa

Judeu do norte da Africa

Uma outra marca forte é o Berrante que em suma é igual ao instrumento usado tradicionalmente em guerras e na religião judaica, o Shofar. O berrante carrega características muito semelhantes ao Shofar. Especialmente o Shofar de chifre de antílope. A principal diferença entre o Shofar e o Berrante é que o berrante é produzido com o chifre de boi e o shofar é sempre produzido com chifre de carneiro ou de antílope e nunca de boi.

Referências:

  1. http://www.conversaojudaica.org/cultura.php
  2. http://www.beliefnet.com/Faiths/Judaism/2002/07/The-More-Jews-The-Better.aspx
  3. http://history.sffs.org/films/film_details.php?id=1636&searchfield=falasha

Ligações externas

Judeus Sefarditas

Sefarditas (em hebraico ספרדים, sefardi; no plural, sefardim) é o termo usado para referir aos descendentes de Judeus originários de Portugal, Espanha, etc. A palavra tem origem na denominação hebraica para designar a Península Ibérica (Sefarad ספרד ).

Os sefarditas fugiram das perseguições que lhes foram movidas na Península Ibérica na inquisição espanhola (1478 -1834), onde eram perseguidos pela Igreja Católica, dirigindo-se a vários outros territórios. Uma grande parte fugiu para o norte de África, onde viveram durante séculos. Milhares se refugiaram no Novo Mundo, principalmente Brasil e México, onde nos dias atuais concentram milhares de descendentes dos fugitivos. Os sefarditas são divididos hoje em Ocidentais e Orientais. Os Ocidentais são os chamados judeus hispano-portugueses, enquanto os orientais são os sefardim que viveram no Império Otomano.

Com o advento do sionismo e particularmente após a crise israeli-árabe de 1967, quando as minorias judaicas nos países árabes foram alvo de ataques, muitos dos judeus vivendo em países árabes foram viver em Israel, onde formam hoje um importante segmento da população, com uma tradição cultural diferente dos outros asquenazi.

Por isso, o termo sefardita é frequentemente usado em Israel hoje para referir os Judeus oriundos do norte de África. Entretanto é um erro referir-se genericamente à todos os judeus norte-africanos e dos países árabes como sefardim. Os judeus mais antigos destes países são chamados Mizrachim (de Mizrach, o Oriente), ou seja, orientais.

Houve importantes comunidades sefarditas nos países árabes, quase sempre conflitivas com as comunidades autóctones, sobretudo no Egito, Tunísia e Síria. São judeus hispanicos que quase sempre se opõem à qabbalá (cabalá) sefardita e mantêm um serviço religioso bem disciplinado e de melodias suaves. O rito ocidental é conhecido como Castelhano-Português.

Os Sefarditas foram responsáveis por boa parte do desenvolvimento da Cabaláh medieval e muitos rabinos sefarditas escreveram importantes tratados judaicos que são usados até hoje em tratados e em estudos importantes.

 

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Encontro da Familia Carneiro

Esse encontro não é oficial da familia, mesmo assim é incentivado e divulgado para que outros façam o mesmo.

 

Amazônia, terra prometida – Reportagem Revista Veja

Vida brasileira
Amazônia, terra prometida

A história dos judeus sefarditas que
emigraram para o Pará e o Amazonas


Leonardo Coutinho

Octavio Cardoso
A FAMÍLIA BARCESSAT
O clã do engenheiro Isaac Barcessat, de 74 anos (no círculo branco da foto acima), foi dos poucos que conseguiram manter as raízes judaicas intactas. Barcessat é neto de sefarditas marroquinos que imigraram para o Pará no século XIX. Seu avô, Fortunato Athias, começou a vida no Brasil em 1880, fabricando cachaça. Depois, tornou-se dono de um seringal e, finalmente, estabeleceu-se na cidade de Breves, no Pará. Lá, nasceu Ana, a mãe de Barcessat (no círculo branco da foto abaixo).
Arquivo pessoal
NESTA REPORTAGEM
Quadro: As ondas de imigração judaica

O Brasil recebeu cinco ondas de imigração judaica. A primeira ocorreu em 1630, quando Pernambuco foi tomado pelos holandeses. Nos 24 anos de dominação holandesa no Nordeste, eles fundaram a primeira colônia hebraica e a primeira sinagoga na América. Sob um governo de tolerância religiosa, os judeus chegaram a constituir 50% da população “branca” pernambucana nesse período. Com a derrota dos holandeses, os judeus perderam seus negócios. Expulsos, ajudaram a fundar Nova Amsterdã, hoje Nova York. Dessa fase, sobraram apenas as ruínas da sinagoga pernambucana. A segunda leva deixou marcas mais profundas, embora não aparentes. No início do século XIX, judeus marroquinos emigraram para a Amazônia. Eles foram atraídos pela promessa de liberdade de culto e por uma campanha publicitária internacional feita pelo governo da então província do Grão-Pará. Em 1880, chegaram a Manaus. A assimilação desses sefarditas (como são chamados os judeus do norte da África) foi tamanha que, atualmente, a proporção de descendentes de judeus entre a população “branca” da Região Norte é a maior do país.

Ricardo Oliveira
UM RABINO QUE VIROU SANTO
Em 1908, rabinos marroquinos enviaram um representante, Shalom Emanuel Muyal, para fiscalizar o cumprimento das regras judaicas pelos imigrantes na Amazônia. Muyal morreu dois anos depois. Ninguém sabe o motivo pelo qual ele ganhou fama de milagreiro entre os católicos de Manaus. Seu túmulo é alvo de peregrinações

Uma investigação genética dos brasileiros feita pela Universidade Federal de Minas Gerais mostra que 16% da população da Amazônia que se declara “branca” tem algum judeu entre seus antepassados. É uma proporção muito maior do que a exibida por São Paulo, onde vivem 60% dos 120.000 judeus brasileiros, ou por Pernambuco, estado no qual essa cifra não supera 2%. A razão para haver tantos descendentes de judeus na Amazônia se deve a uma peculiaridade. Nos primeiros anos do século XIX, praticamente só entraram no Brasil sefarditas do sexo masculino. Os mais ricos conseguiram abrir lojas de secos e molhados em Belém e outras cidades da região. A maioria, porém, adotou a profissão de regatão, como é conhecido o caixeiro-viajante que troca mercadorias industrializadas por produtos da floresta, como látex e peles de animais. Os regatões sefarditas só traziam a família para o Brasil ou se casavam com judias depois que acumulavam dinheiro. No meio-tempo, faziam como os portugueses: amancebavam-se com índias, caboclas e até mesmo mulheres brancas católicas.

Roberto Setton
A SINAGOGA DE BELÉM
A capital do Pará abriga o templo mais antigo em funcionamento do país. Inaugurado em 1824, só foi precedido pela sinagoga fundada pelos judeus holandeses no Recife no século XVII, cujas ruínas foram descobertas nos anos 90

A definição cultural de judeu não segue integralmente a genética. Só é considerado como tal quem tem mãe judia e pratica a religião judaica. Por esse motivo, a maioria dos descendentes dos regatões sefarditas não é reconhecida como parte dessa comunidade. E a própria lógica da miscigenação fez com que os laços com a cultura hebraica fossem completamente perdidos nas gerações seguintes. Muitos nem sequer sabem que descendem de judeus. Outros, ainda, se dizem judeus, mas praticam o cristianismo. Em muitos casos, o ambiente isolado da Amazônia esmoreceu a religiosidade dos imigrantes, que tinham dificuldade para praticar sua fé. A primeira sinagoga de Belém só foi inaugurada em 1824, catorze anos depois da chegada dos primeiros sefarditas. O cemitério judaico de Belém, o primeiro do país, foi inaugurado somente em 1848. Para manterem vivas suas tradições, os imigrantes mais fervorosos passaram a copiar a Torá, o livro sagrado dos judeus, e outros textos religiosos a mão em cadernos comuns. Em celebrações religiosas, como a da circuncisão, a cachaça substituía o vinho. Pela tradição, esse ritual deve ser realizado oito dias após o nascimento do menino. Na Amazônia, eles aconteciam com até dez anos de atraso. No início do século XX, um menino foi circuncidado aos 12 anos, porque o pai esperou que nascessem seus irmãos para ir uma vez só da floresta até Belém. O aspecto paradoxal é que, se o isolamento na floresta diluiu a religiosidade de parte dos sefarditas, ele propiciou a preservação de seu idioma, o hakitía. Hoje, a língua subsiste apenas em determinadas localidades da Amazônia e no próprio Marrocos. “A importância da floresta na manuntenção do hakitía é inestimável”, diz o lingüista Mohamed El-Madkouri Maatoui, da Universidade Autônoma de Madri.

No fim do século XIX, os sefarditas enriqueceram com o ciclo da borracha. Os mais bem-sucedidos mandaram seus filhos estudar no Rio de Janeiro. Em 1890, as notícias da súbita prosperidade do Pará motivaram uma nova onda de imigração judaica. Em boa parte, ela foi financiada pelos que já estavam estabelecidos no país. A população judaica no interior do Pará cresceria, assim, exponencialmente. Para se ter uma idéia, metade dos 14.000 habitantes de Cametá, um entreposto comercial da Amazônia, era constituída por sefarditas. O êxito financeiro dos imigrantes provocou uma onda de anti-semitismo. Há relatos de ataques feitos a residências e lojas de imigrantes entre 1889 e 1901. As agressões começavam com passeatas e terminavam com depredações. Embora tenham sido chamadas de mata-judeus, não há registro de que tenham resultado no assassinato de ninguém.

Octavio Cardoso
JUDEUS E CRISTÃOS
A professora aposentada Meryam Shimon Benessuly, de 75 anos (de vermelho, no centro), fala hakitía, idioma original dos sefarditas marroquinos, e segue à risca muitos costumes judaicos, mas trocou a religião de seus antepassados pelo catolicismo. “São costumes que adquiri quando criança e que faço questão que minha família mantenha. Não por fé, mas por orgulho de pertencer a uma cultura milenar”, diz ela

O isolamento imposto aos sefarditas na Amazônia chamou a atenção de rabinos no Marrocos, no início do século XX. Para fiscalizar o cumprimento das normas religiosas pela comunidade estabelecida na floresta, Shalom Emanuel Muyal foi enviado à região, em 1908. Dois anos depois de chegar a Manaus, Muyal foi vitimado por uma doença tropical, provavelmente febre amarela. E aqui reside um aspecto curiosíssimo do sincretismo brasileiro: depois de sua morte, sabe-se lá o motivo, ele ganhou fama de milagreiro entre os católicos locais. Muyal foi enterrado num canto do principal cemitério de Manaus (não havia cemitérios judaicos na capital amazonense naquele tempo) e sua sepultura tornou-se alvo de peregrinações. A fim de evitar que as velas acesas pelos fiéis danificassem a laje do túmulo, o rabino da sinagoga de Manaus mandou construir um muro ao seu redor. Os católicos não se deram por vencidos: passaram a usar o obstáculo como suporte para placas e quadros em que pedem graças e agradecem pelos pedidos que teriam sido atendidos por Muyal. “É impressionante: ele se tornou o santo judeu dos católicos da Amazônia”, admite Isaac Dahan, da sinagoga de Manaus. A devoção é tanta que, nos anos 60, uma tentativa de trasladar os restos mortais do rabino milagreiro para Israel foi abortada em virtude das manifestações indignadas dos amazonenses.

Quando o ciclo da borracha terminou, no início do século XX, as famílias judias mais ricas de Belém mudaram-se para o Rio de Janeiro. “Lá, há uma espécie de sucursal da nossa comunidade”, diz o rabino Moyses Elmescany, da capital paraense. Boa parte da influência dos judeus na Amazônia foi apagada. A sinagoga de Cametá, por exemplo, foi engolida pelo Rio Tocantins e não foi reconstruída. Hoje, nenhum dos habitantes da cidade segue o judaísmo. Em localidades como Óbidos, Breves e Muaná, no Pará, e Tefé e Humaitá, no Amazonas, existem apenas sepulturas. Da procura por uma extensão da Terra Prometida na Amazônia, restaram genes escondidos.

FONTE:  http://veja.abril.com.br/080306/p_062.html

 

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“Você deve se orgulhar do sobrenome que tem!” – Sobrenome Pinto – Familia Pinto

Valorizando os nacionais. O Brasil, bem como os Brasileiros tem um hábito que é explicado historicamente. Em grande parte é valorizado mais o que vem de fora do que a história, cultura e valores nacionais. Os judeus nativos do Brasil tentam explicar a sua história procurando vínculos diretos com Portugal ou Espanha, quando na verdade a raiz da história migrou para o Brasil e aqui é nossa raiz e guarda nossa história. Resgatá-la é um dever nosso e não deve morrer. A história está aqui e tem continuidade aqui.

Segue uma matéria ótima que pesquisei e estou pondo na integra e você poderá conferir direto na fonte.

Entramos em contato com o site, mas não obtemos respostas, por isso postamos e aplicamos a fonte da Notícia, por que isso não é acontecimento, mas Notícia.

Ziraldo, meu irmão:

Tenho um pedido inusitado a lhe fazer: uma amiga minha, professora de Nova Lima (perto de sua terra) está com um problema sério. Uma aluninha dela está com vergonha do sobrenome Pinto. E naturalmente a garotada da classe cai em cima pra aumentar ainda mais o desconforto da menina. A professora, Renilda, enfrentou a barra com jeito, criatividade, mas não conseguiu resolver a coisa de todo. Sugeri que ela falasse de você e de outros Pintos famosos. Ela vai falar numa aula próxima. Mas eu acho que você poderia dar a maior força se a contatasse (e-mail, talvez seja mais fácil) e mandasse um alô e orientação à sua maneira pra resgatar uma menina que está com vergonha do glorioso nome.

Envio abaixo um relato da professora pra você ter uma idéia do que aconteceu e acontece. Sem dúvida você tira de letra a coisa. Como eu não tenho (infelizmente) um Pinto no nome pra explicar melhor, deixo pra você essa responsabilidade, se puder, lógico.
Um abraço do

Mauricio.

(segue-se o relato da professora Renilda)
Amigo Mauricio:

Vou “tentar” ser rápida para te contar um dos casos que te prometi. Tudo ocorreu, na sexta-feira passada, justo no dia da minha tutora!

No tal projeto que devo desenvolver, “A gente faz um país”, eu deveria levar as crianças à conclusão que, através dos sobrenomes das pessoas, somos capazes de descobrir a origem das famílias. Tive que fazer um cartaz com os nomes de todos os alunos e cada um dizia seu sobrenome para que eu pudesse registrá-lo no cartaz. (Cometi uma falta grave! Eu deveria ter olhado os sobrenomes antes dessa tarefa. Acho que assim teria evitado a confusão. Mas como recordar os sobrenomes de 84 alunos?).
Voltemos ao “causo”: Quando estava chegando na vez da Paula dizer seu sobrenome, comecei a perceber uma certa agitação, mesclada de risos, de deboche. Assim que lhe perguntei o sobrenome ela disse imediatamente: “AGUIAR!”

Foi um alvoroço na sala! Todos gritavam: “É mentira! É mentira! O sobrenome dela não é esse!”

A Paula, categórica, retrucava: ” É esse mesmo, minha mãe me disse!”

Resolvi entrar e enfrentar o impasse, dizendo: “Ora! Vocês querem saber mais do que ela qual é o seu sobrenome? Ela já é uma mocinha e sabe dizer seu nome certo!”

Os alunos não se conformavam e a Paula, amuada, baixou a cabeça na carteira.

Eu disse que era fácil averiguar, bastava verificar no livro de chamada da classe. Na mesma hora a Paula levantou a cabeça e disse: “Mas, tia! Aqui eles não sabem meu nome certo!”

Eu expliquei a ela que, para fazer a matrícula, os pais enviaram a certidão de nascimento e que não havia dúvidas.

“Tia, minha mãe falou que eles escreveram errado na certidão!”

Eu já estava curiosa para ver o tal sobrenome. E vi. Coitadinha! Compreendi todo o seu desespero! PINTO!!!

Essa palavra, para crianças de 7 a 9 anos, é o máximo!!!!

Eu olhava para minha tutora, notava que ela esperava uma atitude minha! Ela ainda não sabia nada do Pinto!

Muito séria eu li : “Paula Cristina Pinto!”

Os alunos abaixavam a cabeça para rir, outros menos discretos soltaram gargalhadas, e a coitadinha encolhida de humilhação!

Eu disse:”Por que os risos? Qual a graça num nome tão bonito? Eu quero saber o por quê desse alvoroço! Alguém vai ter que me falar! Joaquim, por que você ri tanto?”

“Ah, tia! Não tenho coragem de falar! Fico com vergonha!”

E fui perguntando para todos. Com risinhos envergonhados, ninguém se atrevia a me explicar… até que o João, que é mais atrevido, disse:

“É que o sobrenome dela é Pinto!”

“E o que tem isso demais? Conheço um tanto de Pintos!”

Nessa hora eu mesma vi a conotação da minha frase na cabecinha deles, e corrigi: “Um tanto de gente que tem o sobrenome PINTO! Qual a graça nisso?”

“Ah, tia! É que pinto, é aquela coisa do homem!”

Eu, fingindo surpresa, indaguei: “Que coisa do homem que chama Pinto? Não conheço nenhuma!”

A Juliana, a assanhada da sala, logo se prontificou a explicar: “É aquele negócio que o homem tem pra fazer xixi!”

A Manuela, querendo ser mais inteligente, disse: “Sua burra! A gente fala é sexo do homem!”

Eu “superassustada”, perguntei: “O quê? O homem tem um pinto? Eu não sabia!!!! E esse pinto faz o xixi pro homem??? Eu sei que pinto é o filhote da galinha, que ele faz piu…piu…, que come bichinhos… Não sabia que o homem tem um dentro da cueca!!! ”
A sala veio abaixo de tanto rir! Eu já não estava conseguindo me segurar, com vontade de rir!

Perguntei aos meninos, quem teria coragem de me mostrar o seu pinto!! Que eu estava curiosa para ver se ele piava e se não os bicava, se ficava quietinho dentro da cueca, se não morria com falta de ar!!!

Daniel, o sabichão, disse: “É outro pinto tia! Não é o da galinha não! É o negócio do homem! ”

Aí, eu fui explicar, que o “negócio” do homem se chamava pênis e não Pinto! Que quando é criancinha, as pessoas carinhosamente chamam de pinto, para facilitar (facilitar para eles e complicar para as professoras)! Falei que agora, eles já eram grandinhos e estavam aprendendo uma nova palavra: PÊNIS!!!

Ainda pedi: “Vamos repetir? Quantas sílabas ela tem? Então como ela será classificada? Como se chama esse acento?”

Não sei se tomei a atitude certa, só sei que a Paula começou até a rir dos meninos, e acabou sua tristeza, apesar de não se conformar ainda com o seu “Pinto”, pois no final da aula, ela me procurou e disse:”Eu sou Aguiar sim, minha mãe falou! O homem lá do cartório é que confundiu!”

O caso se resolveu de um lado, mas ainda estou preocupada! Essa menina, por complexo, está rejeitando o próprio nome, negando sua identidade!

Como você acha que devo lidar com ela? Como ajudá-la a aceitar? Falei com ela sobre a família Magalhães Pinto, da tradição e orgulho deles pelo nome. Falei que não é o sobrenome que nos faz, e sim nós que tornamos nosso sobrenome honrado ou…maldito!

Agora, preciso descobrir a origem da família Pinto.

Quero só ver a avaliação da minha tutora!!!

Fique com Deus, amigo!

Mande um beijão pro Chico Bento!!!…

Renilda

( e agora, a resposta do Ziraldo)

Renilda:

Diz pra Paula que ela deve se orgulhar do sobrenome que tem. Ela, certamente, deve ser moreninha, como todos os que têm esse sobrenome. Fiquem sabendo que nós, os Pintos, não somos cristãos-novos como os que têm sobrenome de bichos – Coelho, Carneiro, Raposo, Leão – ou nome de árvores, como Carvalho, Pinheiro, Macieira, Pereira, Oliveira, etc. Nós somos descendentes dos judeus morenos da Península Ibérica, os Sefardins. Quando os árabes chegaram à Portugal, encontraram os lusos que eram branquíssimos, descendentes dos Celtas. Os lusos – os primeiros portugueses – levaram o maior susto com aquela gente morena e achavam que nossa turma era pintada de marrom. E passou a chamar a gente de pinto, ou seja, o particípio passado sincopado do verbo pintar (assim como ganho e ganhado). Pinto quer dizer pintado. Ou seja: moreno. É um belo sobrenome e a Paula deve se orgulhar dele. Nós não somos filhotes de galinha.

Um beijo do

Ziraldo

com aval do Mauricio de Sousa

Obs.: Os nomes verdadeiros foram trocados por fictícios para manter em sigilo a verdadeira identidade das crianças.


02.09.2005

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Captura de Tela 2015-03-06 às 13.15.06

Fonte: http://www.monica.com.br/mauricio/cronicas/cron289.htm

 

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Judeus sefarditas – Cultura e povo que não quer morrer – Judeus morenos de cabelos crespos? – ספרדים

 

 

 

Vídeo 1

Vídeo 2

Vídeo 3

Vídeo 4

Imagens meramente Ilustrativas. Albert Einstein - Judeu e Cientista.

Imagens meramente Ilustrativas. Albert Einstein - Judeu e Cientista.
Foto meramente ilustrativa. Imagens meramente Ilustrativas. Albert Einstein – Judeu e Cientista.

Imagens meramente Ilustrativas. Albert Einstein - Judeu e Cientista.

Os Judeus de cabelos crespos

 

Diante de tantos questionamentos de como é a raça Judaica e como pode alguns Judeus terem cabelo liso e pele claríssima, enquanto outros têm cabelo Crespo e serem morenos, e até mesmo cabelo muito crespo e serem negros, a resposta é a seguinte, Leia a história e os processos que levaram os Judeus a se espalharem pelo mundo. Esse é um tema muito longo que não dá pra falar em um comentário casual de uma revista virtual que é funcionalmente para ser lida em intervalos e momentos de pesquisa rápida. Essa revista, totalmente grátis e sem envolvimento com um grupo ou uma instituição, é somente um informativo e um meio de regar algumas famílias, já interadas no que é judaísmo, a obterem respostas que a tradição recebida de seus pais não lhes deu.

 

Então o que são os Judeus? Judeus são árabes ( no sentido mais geral da palavra ),  semitas como todos os árabes filhos de Shem (SEM um dos filhos de Noach (Noé)). A história semita mostra que todos eram um povo só, mas que dentro desse povo o Eterno disse para um grupo se separar e dentro dele outro e outro e assim chegamos aos Judeus. Com o ódio crescendo ao seu redor e com a expulsão de seu território inicial, os judeus foram se espalhando pela Europa, Ásia, África, Península Ibérica e Américas. Isso ocorre a quase Dois Mil anos ou mais.

Com o grande rigor de normas familiares de casamento, mas com pequenas restrições e com as conversões ocorridas na Europa, Os Judeus se misturaram com outros povos e hoje estão se agrupando em Eretz Israel (terra de Israel,  hoje um estado Civil).

 

Ao contrário do que a história oficial apresentada até hoje, que diz que o Brasil foi colonizado por Brancos portugueses e por negros, recentes  informações, não tão recentes assim, afirmam que o Brasil foi colonizado por Brancos portugueses, Judeus Hispânicos, Judeus Portugueses, Negros, Árabes e Afro Árabes.

 

Ou seja, nossos conceitos de Brancos e negros e raças no Brasil é totalmente Confuso, por que até então, não tínhamos nenhumas dessas informações, ao menos ao público geral e grande massa.

Por esse motivo no Brasil é um dos únicos lugares no mundo em que a barreira racial (Essa barreira referida não é racismo, mas uma noção exata de quem o individuo é e a ligação com seus iguais), quase não existe. O que não significa que não existe racismo, ao contrário, em grande maioria somos todos muito superficiais no julgamento racial e nem sabemos ao certo como nos relacionar com essas novas informações, isso sendo muito amplo e não especifico na generalização.

 

Na Espanha por exemplo sabemos que Ela era a segunda casa de nosso povo na GALUT (diáspora), pois vivíamos em paz e em convivência harmoniosa com Cristãos e Muçulmanos. Fora isso, Judeus espalhados pelo mundo poderiam encontrar na Espanha um refugio e abrigo com seus irmãos. Por isso algumas características de judeus de várias partes do mundo se reúnem no Brasil. Segundo a teoria da tradição de algumas famílias sefaradi, que são poucas as que guardam memórias desses tempos diga-se de passagem. Parte das famílias da Espanha foram lançadas para Portugal, que na recém descoberta da terra prometida lançou para o Brasil os que teriam dificuldades de formarem povo e famílias mistas com os portugueses, fora a intolerância dos que visivelmente ainda tinham características, tanto judaicas como Árabes. Desses, grande parte foi lançada para os Sertões, agrestes e lugares isolados. Seu dinheiro foi roubado, Suas famílias viveram um holocausto “sem fim”, seus livros queimados, sem direto ao estudo, a identidade e sem seus bens. Qual é o reflexo disso nas sociedades dos interiores, agrestes e sertões do Brasil? veja a densidade demográfica e veja que os descendentes de um povo grande e poderoso ficou sem seu direito mais poderoso, suas raízes e seu estudo.

 

Com muito custo aos poucos a alma judaica está se despertando e chegando a maturidade e o conhecimento de quem ela realmente é e com isso estamos chegando a uma era em que se manifestará. Portanto Nordestinos, sertanejos, Agrestinos tem um orgulho a ser percebido. O centro de cultura nordestina podemos fechar os olhos e ouvir a boa musica do oriente, que só precisa ser bem peneirada e encontraremos bons tesouros ali.

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