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“Você deve se orgulhar do sobrenome que tem!” – Sobrenome Pinto – Familia Pinto

Valorizando os nacionais. O Brasil, bem como os Brasileiros tem um hábito que é explicado historicamente. Em grande parte é valorizado mais o que vem de fora do que a história, cultura e valores nacionais. Os judeus nativos do Brasil tentam explicar a sua história procurando vínculos diretos com Portugal ou Espanha, quando na verdade a raiz da história migrou para o Brasil e aqui é nossa raiz e guarda nossa história. Resgatá-la é um dever nosso e não deve morrer. A história está aqui e tem continuidade aqui.

Segue uma matéria ótima que pesquisei e estou pondo na integra e você poderá conferir direto na fonte.

Entramos em contato com o site, mas não obtemos respostas, por isso postamos e aplicamos a fonte da Notícia, por que isso não é acontecimento, mas Notícia.

Ziraldo, meu irmão:

Tenho um pedido inusitado a lhe fazer: uma amiga minha, professora de Nova Lima (perto de sua terra) está com um problema sério. Uma aluninha dela está com vergonha do sobrenome Pinto. E naturalmente a garotada da classe cai em cima pra aumentar ainda mais o desconforto da menina. A professora, Renilda, enfrentou a barra com jeito, criatividade, mas não conseguiu resolver a coisa de todo. Sugeri que ela falasse de você e de outros Pintos famosos. Ela vai falar numa aula próxima. Mas eu acho que você poderia dar a maior força se a contatasse (e-mail, talvez seja mais fácil) e mandasse um alô e orientação à sua maneira pra resgatar uma menina que está com vergonha do glorioso nome.

Envio abaixo um relato da professora pra você ter uma idéia do que aconteceu e acontece. Sem dúvida você tira de letra a coisa. Como eu não tenho (infelizmente) um Pinto no nome pra explicar melhor, deixo pra você essa responsabilidade, se puder, lógico.
Um abraço do

Mauricio.

(segue-se o relato da professora Renilda)
Amigo Mauricio:

Vou “tentar” ser rápida para te contar um dos casos que te prometi. Tudo ocorreu, na sexta-feira passada, justo no dia da minha tutora!

No tal projeto que devo desenvolver, “A gente faz um país”, eu deveria levar as crianças à conclusão que, através dos sobrenomes das pessoas, somos capazes de descobrir a origem das famílias. Tive que fazer um cartaz com os nomes de todos os alunos e cada um dizia seu sobrenome para que eu pudesse registrá-lo no cartaz. (Cometi uma falta grave! Eu deveria ter olhado os sobrenomes antes dessa tarefa. Acho que assim teria evitado a confusão. Mas como recordar os sobrenomes de 84 alunos?).
Voltemos ao “causo”: Quando estava chegando na vez da Paula dizer seu sobrenome, comecei a perceber uma certa agitação, mesclada de risos, de deboche. Assim que lhe perguntei o sobrenome ela disse imediatamente: “AGUIAR!”

Foi um alvoroço na sala! Todos gritavam: “É mentira! É mentira! O sobrenome dela não é esse!”

A Paula, categórica, retrucava: ” É esse mesmo, minha mãe me disse!”

Resolvi entrar e enfrentar o impasse, dizendo: “Ora! Vocês querem saber mais do que ela qual é o seu sobrenome? Ela já é uma mocinha e sabe dizer seu nome certo!”

Os alunos não se conformavam e a Paula, amuada, baixou a cabeça na carteira.

Eu disse que era fácil averiguar, bastava verificar no livro de chamada da classe. Na mesma hora a Paula levantou a cabeça e disse: “Mas, tia! Aqui eles não sabem meu nome certo!”

Eu expliquei a ela que, para fazer a matrícula, os pais enviaram a certidão de nascimento e que não havia dúvidas.

“Tia, minha mãe falou que eles escreveram errado na certidão!”

Eu já estava curiosa para ver o tal sobrenome. E vi. Coitadinha! Compreendi todo o seu desespero! PINTO!!!

Essa palavra, para crianças de 7 a 9 anos, é o máximo!!!!

Eu olhava para minha tutora, notava que ela esperava uma atitude minha! Ela ainda não sabia nada do Pinto!

Muito séria eu li : “Paula Cristina Pinto!”

Os alunos abaixavam a cabeça para rir, outros menos discretos soltaram gargalhadas, e a coitadinha encolhida de humilhação!

Eu disse:”Por que os risos? Qual a graça num nome tão bonito? Eu quero saber o por quê desse alvoroço! Alguém vai ter que me falar! Joaquim, por que você ri tanto?”

“Ah, tia! Não tenho coragem de falar! Fico com vergonha!”

E fui perguntando para todos. Com risinhos envergonhados, ninguém se atrevia a me explicar… até que o João, que é mais atrevido, disse:

“É que o sobrenome dela é Pinto!”

“E o que tem isso demais? Conheço um tanto de Pintos!”

Nessa hora eu mesma vi a conotação da minha frase na cabecinha deles, e corrigi: “Um tanto de gente que tem o sobrenome PINTO! Qual a graça nisso?”

“Ah, tia! É que pinto, é aquela coisa do homem!”

Eu, fingindo surpresa, indaguei: “Que coisa do homem que chama Pinto? Não conheço nenhuma!”

A Juliana, a assanhada da sala, logo se prontificou a explicar: “É aquele negócio que o homem tem pra fazer xixi!”

A Manuela, querendo ser mais inteligente, disse: “Sua burra! A gente fala é sexo do homem!”

Eu “superassustada”, perguntei: “O quê? O homem tem um pinto? Eu não sabia!!!! E esse pinto faz o xixi pro homem??? Eu sei que pinto é o filhote da galinha, que ele faz piu…piu…, que come bichinhos… Não sabia que o homem tem um dentro da cueca!!! ”
A sala veio abaixo de tanto rir! Eu já não estava conseguindo me segurar, com vontade de rir!

Perguntei aos meninos, quem teria coragem de me mostrar o seu pinto!! Que eu estava curiosa para ver se ele piava e se não os bicava, se ficava quietinho dentro da cueca, se não morria com falta de ar!!!

Daniel, o sabichão, disse: “É outro pinto tia! Não é o da galinha não! É o negócio do homem! ”

Aí, eu fui explicar, que o “negócio” do homem se chamava pênis e não Pinto! Que quando é criancinha, as pessoas carinhosamente chamam de pinto, para facilitar (facilitar para eles e complicar para as professoras)! Falei que agora, eles já eram grandinhos e estavam aprendendo uma nova palavra: PÊNIS!!!

Ainda pedi: “Vamos repetir? Quantas sílabas ela tem? Então como ela será classificada? Como se chama esse acento?”

Não sei se tomei a atitude certa, só sei que a Paula começou até a rir dos meninos, e acabou sua tristeza, apesar de não se conformar ainda com o seu “Pinto”, pois no final da aula, ela me procurou e disse:”Eu sou Aguiar sim, minha mãe falou! O homem lá do cartório é que confundiu!”

O caso se resolveu de um lado, mas ainda estou preocupada! Essa menina, por complexo, está rejeitando o próprio nome, negando sua identidade!

Como você acha que devo lidar com ela? Como ajudá-la a aceitar? Falei com ela sobre a família Magalhães Pinto, da tradição e orgulho deles pelo nome. Falei que não é o sobrenome que nos faz, e sim nós que tornamos nosso sobrenome honrado ou…maldito!

Agora, preciso descobrir a origem da família Pinto.

Quero só ver a avaliação da minha tutora!!!

Fique com Deus, amigo!

Mande um beijão pro Chico Bento!!!…

Renilda

( e agora, a resposta do Ziraldo)

Renilda:

Diz pra Paula que ela deve se orgulhar do sobrenome que tem. Ela, certamente, deve ser moreninha, como todos os que têm esse sobrenome. Fiquem sabendo que nós, os Pintos, não somos cristãos-novos como os que têm sobrenome de bichos – Coelho, Carneiro, Raposo, Leão – ou nome de árvores, como Carvalho, Pinheiro, Macieira, Pereira, Oliveira, etc. Nós somos descendentes dos judeus morenos da Península Ibérica, os Sefardins. Quando os árabes chegaram à Portugal, encontraram os lusos que eram branquíssimos, descendentes dos Celtas. Os lusos – os primeiros portugueses – levaram o maior susto com aquela gente morena e achavam que nossa turma era pintada de marrom. E passou a chamar a gente de pinto, ou seja, o particípio passado sincopado do verbo pintar (assim como ganho e ganhado). Pinto quer dizer pintado. Ou seja: moreno. É um belo sobrenome e a Paula deve se orgulhar dele. Nós não somos filhotes de galinha.

Um beijo do

Ziraldo

com aval do Mauricio de Sousa

Obs.: Os nomes verdadeiros foram trocados por fictícios para manter em sigilo a verdadeira identidade das crianças.


02.09.2005

DOE PARA ESTE PROJETO NO LINK ABAIXO:

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Fonte: http://www.monica.com.br/mauricio/cronicas/cron289.htm

 

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Sobrenome da família carneiro – A Origem da família e suas raízes.

 

Vídeo 1

Vídeo 2

Vídeo 3

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Sobrenome da família carneiro – A Origem da família e suas raízes.

sefarad

Será postado, em breve, um estudo mais apurado. Hoje as informações que temos ainda são vagas e em breve chegarão novos materiais de pesquisa e um mapa de como chegar aos dados recolhidos. Mesmo assim esse post, mesmo não tendo uma gama muito grande de informações, será de grande valia para regar de conhecimento básico e de curiosidade para ajudar a alma da família a encontrar ou retornar a suas raízes.

A família Carneiro é formada basicamente por Judeus da Espanha que viveram a era de ouro do Judaísmo durante a diáspora na península Ibérica. Segundo conta a tradição, a Espanha era abrigo para muitos judeus de vários lugares e foi o refúgio do judaísmo durante a diáspora. A Espanha era até tratada por muitos desses judeus, conhecidos como sefarad, como sendo sua própria casa e com um carinho especial, como sendo extensão de Jerusalém. Mesmo assim, com a intolerância da Igreja Cristã, os judeus sefaradim oriundos de vários lugares, foram expulsos da Espanha para Portugal, alguns ainda retornaram para o norte do Marrocos, outros permaneceram em Portugal e sofreram o processo inquisitório do “Santo Oficio”.  A inquisição católica considerava crime a prática do judaísmo  sendo punido com a morte. Como para o Judaísmo, nada no homem, propriamente dito, é mais importante do que a preservação da vida, muitos se esconderam, sendo cristãos nominais e vivendo as escondidas um cripto-judaísmo. Chamados então de Cristãos-novos os judeus não podiam nem falar de suas origens. Mesmo sem status, tinham que provar o seu valor entre os cristãos. E como os judeus sempre foram excelentes navegadores e conhecedores de astros e pontos cardeais foram muito utilizados nas navegações portuguesas. Os que poderiam se misturar com o portugueses ficaram em Portugal. Os que tinham mais dificuldade de se misturar pela aparência física e pelo preconceito latente, foram enviados para o Brasil. Desses, poucos se arriscavam a viver judaísmo. Os que se arriscavam eram julgados e mortos. No nordeste durante muito tempo ainda se respeitava o shabat, mas era muito difícil sem a ajuda fazer o devido retorno. Para proteger os filhos muitos judeus não contavam as histórias para as crianças, mas transmitiam as tradições sem dizer o porquê e depois de algum tempo transmitiam alguns segredos aos filhos homens mais velhos. Crianças sempre falavam e arriscavam a vida de toda uma família. A tradição de permanecer entre famílias é vista até hoje no nordeste do Brasil onde os Bezerra, os Seixas, os Lopes e os carneiros dão em casar preferencialmente a essas famílias em algumas cidades de Pernambuco e Ceará. Os Sefarad (sarará) escondem suas origens entre simplicidade e união entre as famílias.

Como os judeus tiveram seus bens confiscados pelo governo Espanhol e Português, era difícil sair do Brasil. Uma pequena parte, que conseguiu vender seus bens, fugiu para Nova Amsterdã (EUA). Mas a Grande maioria dos sefaradim foram para os Sertões e agrestes do Brasil, remontando assim o ambiente do Egito onde outrora, também éramos cativos. Algumas famílias Sertanejas de Cidades Isoladas do Nordeste e Minas gerais ainda guardam a tradição de casarem entre os primos e famílias amigas, uma arma para a proteção dos Sefaradim. Alguns já estão retornando por que guardavam algumas informações da tradição, outros só guardam os costumes. A verdade é que a Alma Judaica sempre vai sentir falta do Eterno e do Judaísmo. E Muitos  sofrem sem saber sua herança. A história ainda está sendo Escrita. Como vai terminar? Não sabemos. A única coisa que sabemos é que ninguém pode dar margens a um futuro, se não conhecer seu passado.

NOTA: esse blog tem a intenção de ser uma revista que relata questões de tradição familiar e embora tenhamos contato religioso e cultural, não representamos nenhum órgão oficial. Até porque a grande parte dos órgãos oficiais que tratam desse assinto são Azkenazim e não sefaradim. As informações aqui pautadas são de fontes históricas e tradicionais e não tem intuito de ser verdade absoluta. O que podemos fazer é unir a família e tentar ajudar aos nossos que estão espalhados a se reunir novamente. Quanto a preocupação de credo, política e outros detalhes, não nos importa muito. O que mais vale é a teshuvah (retorno/ conversão) escondida em um quarto dentro de sua casa no shabat, do que uma vida de judaísmo aberto e sem aceitação. Judaísmo é vivido no coração da família, no aprendizado, no guardar mandamentos e amor a HaShem (o Eterno). Lembre-se sempre que a Esnoga está dentro da sua família. Entregar a tradição a um filho e ensina-lo a honrar ao Eterno com o que ele nos pediu na torah é a melhor coisa que um pai e uma mãe pode fazer por ele. Pense nisso.

Procure conhecer e andar nos mandamentos antes de procurar um órgão só para dizer que é judeu. Conheça sempre mais, e procure andar segundo a obediência do Eterno. Mais do que as tradições, tudo começa com um coração obediente.

Que HaShem abençoe a todos. Espero ter ajudado com as informações que muitos estavam solicitando. Shlam.


Para mais informações entre em um grupo da família:

familia_carneiro-subscribe@yahoogrupos.com.br

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FONTE: http://www.bneianussim.wordpress.com

 

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